Liberta-te, porra!



Não me apetece escrever sobre a inigualável revolução, os homens de Abril, ou a liberdade de um povo. Muito menos me apetece fazer o contraponto com a realidade portuguesa, 39 anos depois.
Tomo a liberdade de falar, sim, de Liberdade.

"Liberdade, liberdade - porque fugiste de mim?"

Não, não foi ela que te fugiu. Pára lá de culpar os outros... Foste tu que a enterraste, lembras-te?
És tu que a soterras em convenções e proibições. Os grilhões, esses que acusas o mundo de te colocar, és tu quem os forja, no fogo do medo.
Afrouxa a gravata que te sufoca. Atreve-te a inspirar profundamente. Respira. Respira-te.
Despe a saia travada que te impede de dar passada. Atreve-te a dar um passo maior, confiante. Confia. Confia em ti!

A liberdade do povo tem de começar na liberdade do indivíduo. Na minha, na tua. Esta é a revolução necessária e urgente. Premente. Patente. Ela está aí. Abraça-a.
Tu que defendes com veemência direitos alienáveis, entende que fundamental, mesmo, é libertares-te de ti mesmo.
Liberta-te, porra!




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