Feliz Ano Novo!



Apesar do dia de amanhã ser apenas mais um dia, facto é que está calendarizado como um Novo Ano na linha temporal em que acreditamos viver.
Está institucionalizado que é um inicio de novo ciclo, e por isso todos nos permitimos neste dia sentir esperança, desejar e acreditar em mudanças.

O meu desejo utópico, seria que vivêssemos todos os dias com esta alegria, encarando cada dia como um presente cheio de oportunidades à espera de ser vividas, com o mesmo optimismo e ânimo com que iremos sair da cama amanhã, ansiosos por começar a escrever este novo ano. Se tivéssemos essa consciência da grandiosidade de cada minuto da nossa vida, celebraríamos cada dia com a mesma intensidade com que acolhemos o nascimento de um novo ano, teríamos a mesma avidez de preencher de vida as nossas vidas.

Neste dia marcado a fogo de artifício, fazemos promessas e pedimos desejos. Prometemos deixar de fumar, fazer exercício, fazer dietas ou ter mais cuidado com a alimentação, sair mais vezes com os amigos, ser mais pacientes e tolerantes com o próximo, mais dinâmicos e empenhados nas nossas relações, no nosso trabalho. E pedimos para conseguir deixar de fumar, pedimos saúde, pedimos a(s) forma(s) física(s) que desejamos alcançar, ter tempo para gozar as amizades, sermos pessoas melhores, que não nos falte a saúde o amor, o trabalho e o dinheiro. E nunca percebemos que os nossos desejos se realizam na proporção em que cumprirmos as nossas promessas!

O que desejo, para mim e para todos, é que saibamos viver em verdade. A nossa verdade. Que as nossas escolhas sejam honestas e uníssonas com aquilo que nos faz felizes. Seja qual for a nossa realidade, que o caminho que escolhamos seja o da fidelidade para connosco. Que oiçamos as nossas vontades mais íntimas e as/nos respeitemos.
Que as palavras não se percam no vento, mas se tornem em acções.
Que não tenhamos medo de ser audazes ou ambiciosos, que nos atrevamos a sonhar, e que tenhamos a coragem de viver os sonhos. Que nos sintamos merecedores e rejubilemos com as bênçãos. Que sejamos humildes e acatemos as dificuldades. Não como vítimas, mas como seres capazes de superar obstáculos
.
A vida é um desafio esplendoroso. Ela deve ser festejada e não lamentada. Atreve-te a abraçá-la! Ganha consciência de quem és, dos teus medos, dos teus desejos, dos teus prazeres, dos teus defeitos e das tuas virtudes, dos teus bloqueios e das tuas potencialidades. E que a cada dia faças o melhor que consegues, e te sintas de bem contigo. Apaixona-te por ti e pela vida!

Aterrorizam-me os clichês, mas há os inevitáveis, por conterem de facto sabedoria.
O meu desejo para mim e para ti: Abundância. De saúde, amor, paz, justiça, dignidade, garra, respeito, transparência, conquistas, e como não podia deixar de ser... muitos, muitos sorrisos.

Pensa grande e almeja longe, não tenhas medo, porque tu mereces!
Mas não esperes que o que desejas caia do céu, porque tu fazes a tua vida! Portanto tira o rabo do sofá, e VIVE!

E ri-te, porque a vida é pra ser vivida em alegria!!







Feliz Natal A TODOS




Este ano quero desejar A TODOS um Feliz Natal.

Esta época que sempre foi para mim imbuída do espírito de amor, toma este ano toda uma nova dimensão, com a entrada na nova Era, que se espera de consciência, Luz e união.
Não quero fazer essa transição presa a velhos medos ou ressentimentos.

Por isso venho dizer-vos/me que hoje eu me amo e me aceito, com tudo o que sou e o que projecto, e me perdoo, por tudo o que fiz de menos positivo, a mim ou a terceiros, pelas minhas falhas, pois todas elas foram aprendizagem. Ou, falando ainda mais honestamente, venho dizer-vos que estou nesse processo.

Mas venho acima de tudo expressar a minha gratidão por todos vós, que de uma forma ou de outra fazem parte da minha caminhada.

Sou grata por todos os que ainda pisam este solo comigo, e por todos os que já seguiram para outras dimensões.
Estou grata a todos os que estão presentes na minha vida, aos que já estiveram, e aos que ainda estão por chegar.
A todos os que me marcaram profundamente, que deixaram impressas com grande impacto e clareza as vossas presenças na minha vida, e a todos os que aparentemente foram conhecimentos inócuos e fugazes.
A todos aqueles com quem falo diariamente, e também aos mais ausentes.
A todos os que me adoram e a todos os que me odeiam.
A todos os que me deram a mão ou me passaram rasteiras.
A todos os que me despertaram amor, e aos que me fizeram sentir o pulsar da raiva.
A todos aqueles com quem me identifico, e a todos aqueles que me mostram exactamente aquilo que eu não quero ser... porque no fundo também o sou.
A todos os que pensam como eu, e a todos os que me fazem questionar aquilo que penso.
A todos os que me inspiram bondade, e a todos os que inspiraram à velha Teresa, em algum momento, desprezo.
A todos os que me premiaram com sorrisos ou com lágrimas.
A todos os meus amores, a todas as minhas desilusões.
A todos os que me permiti amar, e a todos os que permiti que me magoassem.
A todas as minhas relações, bem sucedidas ou não. A todas as minhas frustrações.
A todos os que me espelham. Todos os que reflectem aquilo que eu já fui, ou aquilo que eu sou ou ainda virei a ser. A todos os que espelham aquela parte de me mim de que me orgulho, e a outra, que ainda precisa de trabalho. A todos os que espelham o meu amor, e a todos os que espelham os meus medos.
Sou incomensuravelmente grata pelas almas gémeas que reencontrei nesta vida, mas não posso deixar de brindar também aos demoniozinhos que me deram a conhecer o meu próprio lado negro.

Agradeço-vos a todos. Todos vocês são meus Mestres. Todos me ensinaram alguma coisa sobre mim, sobre esta maravilhosa dádiva que é a Vida. Com todos cresci. Todos vocês deram algum contributo para moldar esta mulher. Retirar apenas um de vós da minha vida, seria forçosamente alterar o meu percurso e aquela que hoje sou. E se estou orgulhosa da minha viagem, da minha bagagem e do meu ser, seria descabido não me sentir grata por todos, por tudo o que me deram, tudo o que me transmitiram, tudo o que me permitiram alcançar. Tenha vindo o vosso contributo em forma de amor ou de dor.

Por isso a todos, sem excepção, eu desejo um Feliz Natal, e um novo começo, uma nova vida, repleta de aprendizagens, em Amor e em Luz.

Namastê





Encontro de Almas



Nunca te vi.
Um oceano separa-nos os corpos.
Desconheço o som do teu riso, a doçura da tua voz, o cheiro da tua pele, a força do teu abraço.
Não recordo o momento preciso e precioso em que tu, portando paz e alegria, entraste na minha vida. E da tua, vou testemunhando fragmentos aqui e ali, pouco... muito pouco.
Somos letras trocadas numa tela, imagens de momentos felizes, frases poéticas deixadas à laia de mimo. Somos estranhas enlaçadas por um amor e carinho sinceros.

Para alguns será inverossímil semelhante empatia. Mas não para nós. Com a mesma certeza de que nunca te vi, sei, todo o meu ser sabe, indubitavelmente, que os nossos olhos já se olharam noutros tempos. O nosso amor não é desta vida. A nossa ligação perdura nos tempos. Já pisámos juntas o mesmo chão de outrora. Não há distância que trave o reencontro de duas almas. E quando se encontram, elas reconhecem-se.

Chamo-te irmã.
Minha irmã deste Universo maravilhoso de que somos parte, e em que somos uma.
Minha irmã de dores e alegrias, derrotas e conquistas. Minha irmã de amores e desamores.
Somos uma, irmã. As minhas angústias, tu já as sentiste. Os teus degraus já foram os meus. O teu sorriso de hoje, será o meu amanhã. Neste planeta, neste plano, nascemos em mundos diferentes, temos vivências díspares e emoções desfasadas. Mas a nossa essência, essa é una. Nessa consciência, a cumplicidade emerge. Dispensa palavras. Sentimo-nos. Sinto-te perto de mim.

Talvez nunca te abrace nesta vida. Talvez os nossos caminhos nunca se cruzem. Mas não sinto qualquer tristeza. Acredito que cada uma está exactamente onde e com quem deve estar, seguindo a missão a que se propôs para esta empreitada. E sei que um dia, voltaremos a voar juntas...




Com todo o meu amor, à minha irmã Ceiça Lima





São rosas, senhor...



Mil vezes o choro à apatia.
Mil vezes o sofrimento ao entorpecimento.
Milhentas vezes a saudade à ausência de memórias. Saudades são amores vividos!
Desilusão, dor, desencanto, são frutos de entregas infelizes. Mas entregas! Riscos abraçados. Apostas consumadas. Emoções. Afectos. Amores.  
Não troco a desilusão pelo vazio. A dor é intrínseca aos seres viventes. Recusá-la é depauperar a própria Vida! Temê-la é mutilar esperanças, abortar trilhos por desbravar. 
"Não!" ao medo que agrilhoa. Renuncio à fastidiosa segurança imbuída de marasmo. Repudio a passagem do tempo vivido sem pulso. Tentativas goradas não deixam de ser tentativas, perseguição de sonhos sonhados.
Não ambiciono passar incólume nesta vida, tinta sem cor. Quero inspirar profundamente e integrar em mim tudo o que me é concedido pela bênção de estar viva! Quero protagonizar aventuras, intrépida. Marcar, tocar e ser tocada além do tangível.
Venham pois as lágrimas! Por alguém que partiu, mas caminhou comigo. Por alguém que me desiludiu e me feriu, por alguém que me cativou, por alguém que me amou, por alguém que me permiti amar.
Mil vezes chorar sobre o granizo e replantar a ser solo estéril! 
Não há rosas sem espinhos, e ainda que ciente da possibilidade de me pungir, não abdico de me render à sua beleza, contemplar a sua fragilidade, sentir o veludo na minha pele, perder-me na sua cor e inebriar-me com o seu perfume.




Até logo paizoca


Um ano, desde o último dia que te beijei.
Prefiro assinalar a passagem de um ano desde este último dia de partilhas, em que sorrimos juntos, ao invés de acusar amanhã um ano desde que partiste.
Saudades paizoca... tantas saudades meu papá.
Não vejo forma melhor de te recordar do que pelas tuas palavras.
Além das visitas diárias, quando não podia estar no hospital, o contacto mantinha-se sempre.
Guardo as tuas ultimas mensagens num telefone, também ele já reformado, mas guardado pelo valor inestimável que tem - o testemunho das nossas últimas trocas de mimos e da nossa cumplicidade.
Vê se te lembras...

No dia da Greve Geral (o dia em que era complicado chegar aí, pelo que dispensei o resto da malta e as 8h de visita foram minhas!)

P- Dormi bem e estou bem disposto. Jokas
T- Hoje não deves ter o tratamento habitual... quando chegar vejo se me deixam dar-te banhoca.
P- Ok - nem posso, mesmo contigo. Traz o corta-unhas sff
T- Mas sentes-te pior??
P- Não, porque não devem deixar tótó. Logo se vê.
(...)
P- Vão-me dar banho. So falta saber quando. hehehe
T- Quanto não vale jogar charme às enfermeiras...
P- Engraçadinha. Não esquecer o Olcadil. Traz também a tesoura que tá na sala pra me aparares o bigode.
T- Ok
P- + lenços de papel
T- Mais nada Sua Alteza??? :-p Vá, já estou a ir. Até já
Noite:
T- Já cheguei. 18€ de parque...
P- A velhice é um posto - Eu não te disse? Tiveste sorte que a taxa não é das mais progressivas :-p Jokas gandes pelas 8h muito elogiadas pelos outros 3 companheiros de enfermaria


Nunca faltaram os relatórios matinais:

- Tive dores às 3h mas dormi bem e a noite foi + fresca. Jokas

- Tou nauseado, a 110 ppm. Já chamei a enfermeira, esteve a apalpar-me junto à entrada do dreno e disse que ía chamar a médica. Quando tiver novidades ligo.
 - Não veio a p... da médica, mas eu estou bem.
- Claro que pedi comprimidos para as dores, tótócas

-Estou muito melhor que ontem à noite. Acordei com 90ppm e ainda tou abaixo dos 100. Já andei a ver na net o que me andam a dar aqui...

- Acordei bem e continuo bem por enquanto. Beijos

- Ontem à noite tive febre, mas eles foram só controlando. Hoje já acordei sem ela.
(T- Ok, mas vai vendo como te sentes... qq coisa chateia-os!)
-Yes, milady :-)

- Dormi muito bem e por enquanto tudo normal.
- A pulsação já subiu. Merda

- Acordei sem febre (já ontem à noite não tinha) e as pulsações estão normais 90-94. Tou à espera que me levem para a TAC. Bjocas


Ao fim do dia também eram habituais as boas noites:

- Bom soninho Besuguinha ;-)   -  Tratava-me por Besuga. Não tem nada a ver com bebedeiras, mas com um episódio de infância entre mim e o dito peixe.

- Tou bem. O leque tem sido o rei da noite. Jokas  -  referindo-se ao ultimo leque que lhe comprei, depois de ter desfeito o que tinha, de tanto o abanar, numa das crises mais sérias.

T- Queres que ligue à "amiga x" a dar notícias?
P- Não, prefiro falar eu com ela.
T- Vê lá...
P- Muito pouco, claro... :-(
P- Já está chefa. ;-) Jokas

- A maçanita já era! :-) Obrigado e jocas

T- Vou só meter qq coisa na boca e já te ligo
P- Ok, mas não te engasgues... :-p


2/Dezembro/2011:

Manhã: - Tudo numa boa. Já fiz tudo o que tinha pra fazer e tou bem disposto. Jokas
Noite: - Boa :-D  - A última mensagem. Por mais que tente não consigo lembrar-me o que te tinha dito... Sei que era qualquer coisa que andava pra tratar há algum tempo, e finalmente tinha conseguido resolver.

Nessa noite partiste. Mas deixaste-me com um :-D


Sei que estás por aí. Sei que nos compreendes agora melhor que nunca. Sei que a nossa ligação não se quebrou quando o teu corpo cedeu.
Obrigada por meteres a mãe na linha! ;-) Sabes que ela sempre te ouviu só a ti...

Um AMO-TE por uma vida inteira, engrandecido pelas saudades de um ano.

Até logo paizoca



A vida num segundo



Um segundo não é nada.

Quantas emoções estarão contidas num segundo?
Quantas vidas são tocadas num segundo? Quantas alteram o seu rumo? Quantas iniciam e se extinguem num segundo? Naquele segundo. Naquele pedacinho de nada que se revela tudo.
Um sonho ou um pesadelo terminam com um pestanejar. Num segundo. Quantas horas serão necessárias para o esquecer?
Um segundo é quanto basta para sorrir. Por quanto tempo perdurará aquela emoção?
Quantos sorrisos se transformam em lágrimas num segundo? Quantas lágrimas podem ser vertidas por segundo?
Num só segundo, o que pode transparecer de um olhar?
Quanto tempo levará esquecer uma bofetada sentida num segundo?
Por quantos segundos se ocupará a memória daquele segundo em que duas bocas se tocaram?
Quantas vezes numa vida o coração dispara num segundo?

Amo-te. Um segundo. Traí-te. Um segundo. És linda! Um segundo. Morreu. Um segundo.
Estou grávida! Um segundo. Odeio-te!! Um segundo. Sim! Um segundo. Fica... Um segundo.
Adeus. Um segundo.


Este Natal desejo que acordem os super-heróis!


Os anos vão passando, as vacas emagrecendo, os cintos apertando... mas passe a caravana ou não, Natal é Natal.
Chegado o Novembro, é altura de todos nós começarmos a apregoar a fatal inverdade "Este ano não há prendas!". É o já egrégio cântico pré-Natalício.
Facto é, que os ostentosos presentes do antigamente, transformaram-se em lembranças, em miminhos, em pequenas atenções... mas de ano para ano persistem, quanto mais não seja sob a forma de uma chinesice qualquer.

Já circula pelas diversas redes sociais o apelo para não alimentarmos as poderosas multinacionais. Façamos as nossas compras no pequeno comércio tradicional. Compremos as nossas prendas aos artesãos locais, à jovem que faz bijutaria para pagar os seus estudos, e degustemos os doces e salgados da vizinha que os faz para complementar os seus míseros (ou de outra forma inexistentes) rendimentos. Plenamente de acordo.
Mas nem seria eu se não permitisse à minha criatividade levar este conceito mais longe...

Pois eu resolvi que este ano a minha prenda para todos os meus amigos e familiares, será fazer deles pessoas generosas nesta ocasião... quer queiram quer não!
Confessa, tu precisas tanto do livro ou cd que eu te ía oferecer como eu preciso de mais uma inebriante vela perfumada, com aroma a chuva matinal da floresta amazonica...

Este ano o que te vou entregar será um deslumbrante postal feito por mim, onde lerás qualquer coisa como:

"Querido/a amigo/a, este natal lembrei-me de ti. 
O valor que iria despender na tua prendinha, entreguei-o à Associação X. 
Sei que ficarás feliz e te sentirás muito orgulhoso/a de tijá que na realidade a doação foi tua. 
Desejo-te um Santo Natal".

Estamos a entrar na quadra da magia, e todos podemos ser súper-heróis e envergar a roupagem de Pai Natal!
O catálogo da Generosidade é vasto, e eu ainda não fiz a minha lista, mas desde já vos deixo algumas sugestões, para fazer deste um Natal diferente!

I) Há uns tempos que pensas naquela ou naquelas associações que te tocam mais, que gostarias muito de apoiar, mas nunca tens condições para o fazer. Pega no orçamento que tinhas estipulado para as lembranças, e satisfaz essa tua vontade! Além do mais, é uma forma de não ultrapassares o dito orçamento, como invariavelmente te acontece...

II) Não sei se já reparaste, mas nos balcões dos ctt há durante todo ano artigos da Unicef à venda... São prendinhas engraçadas.

III) Nos centro comerciais, principalmente nesta altura, não terás dificuldade nenhuma em encontrar inúmeras bancas de associações em busca de donativos. Muitas delas até vendem artigos simbólicos, que poderás entregar aos teus amigos no Natal. Já têm qualquer coisa para desembrulhar... Basta que escolhas as causas que te interessa ajudar (Crianças, idosos, pessoas com limitações, adolescentes de risco, animais... infelizmente não falta quem precise de ajuda.)

IV) Nos hipermercados também há algumas acções a decorrer, umas mais divulgadas que outras, em que contribuis com X para uma causa, seja comprando um livro, um cd, ou até aqueles postais que dizem "Dei tanto para a associação tal"

V) Quantos de nós não temos amigos em dificuldades, que este ano não terão possibilidade de oferecer um presente de Natal aos filhos? Há cada vez mais pobreza envergonhada... Vamos romper tabus. Dá ao teu amigo um presente para que ele possa fazer o seu filho sorrir.

VI) Faz um bolo e oferece-o à tua vizinha, para que ela possa ter uma ceia de Natal com a família. Ou atreve-te a ir mais longe, e convida para cear com os teus aquele senhor idoso que mora na tua rua, que te viu crescer, e que está entregue a si mesmo, porque não tem ninguém ou simplesmente porque era um peso e foi negligenciado pela família...

VII) As tuas crianças não precisam de receber 30 mil brinquedos numa noite... Ensina-lhes desde já os valores da partilha e da generosidade. Mostra-lhes que nem todos os meninos têm as suas bênçãos. Pega em alguns brinquedos, nem que sejam aqueles que eles já não usam, e vai com eles entregá-los a uma instituição de crianças desfavorecidas.

VIII) Para que mantens no roupeiro aquele casaco que não usas há 5 anos?... Sabes que um agasalho pode significar a sobrevivência para alguém que dorme ao relento?... DÁ! Dá a quem precisa. Se tiveres coragem para isso, vai uma noite destas pelas ruas da tua cidade, e distribui por quem dará bom uso às tuas "recordações de quando eu tinha menos 10 anos e menos 10 kilos". Mete as coisas no teu porta-bagagens, e quando te cruzares com um sem-abrigo, em vez fingires que não vês, oferece-lhe uma peça de roupa. Se ele não precisar, serve de moeda de troca.

IX) Só tens fatos bons ou roupas de marca que já não te servem, e são "mal-empregados" para indigentes... Pois, tens razão, fazem muito mais falta às traças no fundo do teu armário... Mas escuta, sabes quantas pessoas há que precisam de um fato para ir a uma entrevista de trabalho e não podem comprar um? Talvez conheças mais do que pensas... Entrega em associações. Não sabes onde? Fica uma sugestão: Loja Solidária É Dado, da Cáritas. "O funcionamento é igual ao de qualquer loja de roupas, onde os utentes podem escolher as peças que pretendem, experimentá-las e, se gostarem, levá-las, o que confere dignidade acrescida à ajuda que lhes é proporcionada." 

X) Num registo muito positivo: Este ano também vou dar a mão àqueles que tiveram a coragem de querer ser felizes se lançaram num sonho! Merecem, além da minha admiração e palavras de encorajamento, o meu apoio efectivo, pelo que parte do meu orçamento também será para brindar à felicidade! Vou, por exemplo, adoçar a boca a alguém com um dos produtos da Agridoce.

XI) Estás triste e amargurado; não queres nem ouvir falar em Natal. A vida está dificil, e tens o coração negro porque este ano não tens mesmo possibilidade de oferecer nada a ninguém. Pensas tu...
Há quanto tempo não dizes aos teus amores: "Eu amo-te"?... Oferece um sorriso. Presenteia quem amas com um abraço apertado. Dá um beijo caloroso a quem te é querido. Coloca uma musica a tocar e dança com a tua companheira. Canta para o teu companheiro. Surpreende a tua mãe com uma visita para porem a conversa em dia. Tudo isto é gratuito, e é das melhores prendas que se pode dar e receber.

XII) Envia aos teus amigos uma mensagem única, tua. Pode não ser tão engraçada ou tão poética como aquelas que costumas receber e reencaminhar em massa todos os anos...
Mas será tua. Servirá para dizer a alguém:
"És importante na minha vida.
Hoje que é o dia da Família e do amor ao próximo, lembrei-me de ti."


Quis deixar-te aqui algumas ideias, mas haverá outras tantas formas de podermos realmente fazer deste Natal um momento verdadeiramente especial... Escuta o teu coração. Não o inundes de rancores e tristezas, não te entregues a lamurias, não lamentes o que não vais poder dar ou receber... Fazer o bem, simplesmente porque sim, e provocar com isso um sorriso, é das maiores bênçãos que conheço. E essa é uma capacidade que todos temos. É inata. Basta querermos.

Termino dirigindo-me aos meus amigos que habitualmente me incluem nos seus orçamentos...
Não és obrigado a concordar ou seguir nenhuma das minhas sugestões. Mas peço-te, do fundo do coração, que o faças pelo menos com o valor que me tinhas destinado. Fossem 2 ou 3 euros... Envia-me um sms a dizer "Já dei a tua prenda. Hoje paguei uma sopa e uma sandes a alguém que tinha fome." Ou "Hoje comprei fraldas para o filho da minha vizinha que está desempregada." Ou "Hoje alimentei um cão abandonado". Acredita que ficarei infinitamente mais feliz com essa mensagem do que com uns brincos ou um gel de banho de Aloe Vera...



Compras Solidárias (Site de pesquisa)

APAC - Associação Popular de Apoio à Criança



Pastéis de Safara



Esta história há-de acompanhar-me por toda a minha vida.
Já a partilhei com algumas pessoas, hoje apeteceu-me deixar o registo.

O meu pai era um homem guloso. Muito guloso. Nos últimos tempos da sua doença, todos os mimos que eu lhe pudesse dar... dava. Isso passava também, obviamente, por presenteá-lo com guloseimas. Entre elas, incluíam-se os deliciosos pasteis de safara, doce típico alentejano, de gila e ovo. Não são fáceis de encontrar, e também não são propriamente ao preço da chuva...
Além de guloso, o meu pai também foi sempre muito... digamos que zeloso com os gastos. Ora sempre que eu lhe levava os ditos pastéis, a conversa era a mesma:
- Oh filhota, pra que foste gastar tanto dinheiro? Não era preciso... - dizia ele com os olhos a brilhar e quase a salivar.
- Paizoca, deixa... É um miminho.
- Sim, mas não podes andar a gastar tanto em mimos. Há mimos mais baratos que eu também gosto.
- Vá, deixa isso. Não é todos os dias... Este é um miminho especial. Saboreia e não penses no resto.
A conversa era recorrente, já que felizmente os meus mimos também o eram.

Uns meses depois da partida do meu pai, extintos que estavam os meus cargos de enfermeira/assistente pessoal/secretária/motorista/handywoman e etc. e tal,  entendi que estava na hora de retomar o meu caminho, e isso passava obviamente por voltar a ter o meu espaço. - Aluguei um pequeno apartamento - o meu cantinho, há muito desejado.
Tendo de recomeçar do zero, muito há onde gastar... desde mobílias a cacarecos... tudo somado é um investimento considerável. Claro está, que nos tempos que correm, e para conseguir tudo o que precisava, montei em casa um verdadeiro Show-Room da Ikea, passo a publicidade.
Não obstante, perdi-me de amores por umas mesas de vidro extensíveis, lindíssimas, e tendo em conta que a casa não é muito grande, era a mesa perfeita para a minha sala. Escusado será dizer, que proporcionalmente à sua beleza, estava o seu preço... Era incomportável. Certo dia, entro numa loja para ver de candeeiros, e vejo uma dessas mesas. Com os pés mais simples e tal, mas muito bonita. Fui espreitar. Era menos de metade do preço das mais baratas que eu tinha encontrado. O coração disparou-me. Ainda estava com um desconto qualquer, por isso ficava mesmo com um preço fenomenal. Ainda assim, era uma soma considerável... Sou muito conscienciosa das minhas contas (sem dúvida por influência do meu pai), e aquilo para mim era sinal de alguma loucura... mas era mesmo o que eu queria! Gastei o soalho da loja, absorvida pelos discursos do anjinho e do diabinho confortavelmente instalados cada um em seu ombro, a promover um debate cada vez menos esclarecedor... Lá me decidi a comprar a mesa, como quem tira um penso rápido de puxão, pra não doer muito.
Claro que mal saí da loja - depois de passar o cartão na diabólica máquina que nos saca os tustos à laia de anestesia, para só sentirmos bem o efeito da acção na próxima consulta de saldos - comecei a questionar a minha compra...
Vinha eu perdida nos meus pensamentos - Ah! neste momento é relevante partilhar convosco que conduzo depressa. Bastante depressa. Tipo "bem fora dos limites-depressa". -  Vinha eu então consumida pela culpa e perdida nos meus pensamentos pela Ponte Vasco da Gama (epicentro das minhas actividades mentais e paranormais), "Ai meu Deus, tanto dinheiro por uma mesa... Ainda me falta comprar tanta coisa... Que disparate Maria Teresa! Ai paizoca, o que é que tu me dirias se aqui estivesses?? Eu sei que foi um capricho paizoca... Eu não precisava daquela mesa... Mas era uma excelente oportunidade. Não resisti..." quando passa por mim uma carrinha comercial (coisa estranha, já que eu conduzo realmente depressa!). Ultrapassa-me e coloca-se à minha frente. Surpreendida, olho melhor a super-carrinha branca, e os meus olhos batem num simples e modesto logo: "Pasteis de Safara".
Pensem o que quiserem... Facto é que não é vulgar eu ser ultrapassada por carrinhas comerciais. Facto é que vejo muitos carros com logos da PT, EDP, Prossegur, Molly Maid, transportadoras várias... mas nunca tinha visto, nem nunca mais tornei a ver uma carrinha com a inscrição "Pasteis de Safara".
Pensem pois o que quiserem... Eu sei que naquele dia, o meu pai me passou a mão na cabeça e me disse:
Deixa lá filhota... é um miminho.

_________

Com um agradecimento muito especial ao meu pai. Sou eternamente grata por todos os ensinamentos. Sou eternamente grata pelas vezes que me picavas em miúda, pela amizade que desenvolvemos à medida que eu crescia e nos compreendíamos melhor, por teres tido orgulho na mulher em que me transformei, pela cumplicidade imensa que criámos juntos, por te ter ao meu lado como o meu pilar, o meu bom-senso, o meu pé no chão, e acima de tudo, por ter sido a tua menina e por ter tido o privilégio de te retribuir em vida, cuidando e mimando-te tanto quanto me foi possível, meu menino grande.

5 Princípios para a Vida



São estes os 5 Princípios de Reiki, de Mikao Usui.

Na realidade, creio que são princípios pelos quais todos nos podemos reger, Reikianos ou não, pelo que tive vontade de os partilhar.

SÓ POR HOJE, porque só o hoje existe, só o hoje conta.
E porque se tentarmos pensar neles como um princípio de vida, talvez nos pareça uma tarefa demasiado difícil; uma meta demasiado ambiciosa. Então vamos tentar praticá-los... só por hoje. E vamos tentar... a cada dia.

"Só por hoje não me preocupo" - Só por hoje eu vou viver no agora, saboreando cada momento. Não me vou prender ao passado, não vou guardar culpas nem rancores; fiz o melhor que sabia, guardo do passado apenas o ensinamento que me permitirá fazer melhor na próxima vez. Não vou recear o futuro; não me vou pré-ocupar. Só por hoje eu confio que se eu fizer a minha parte, o Universo me trará tudo o que necessito na minha caminhada.

"Só por hoje não me irrito nem critico" - Só por hoje vou ser paciente e tolerante. Vou ter consciência de que a minha raiva, só a mim faz mal, e que é um veneno que conduz a doenças graves. Então só por hoje eu aceito os outros, com aquilo que me possam parecer falhas ou comportamentos dissonantes da minha verdade.

"Só por hoje agradeço as minhas bênçãos" - Só por hoje eu sinto-me grata por tudo o que sou, por tudo o que me acontece, por tudo o que "tenho". Não lamento o que não tenho. Agradeço até as dificuldades, pois sei que tudo o que surge na minha vida tem como propósito o meu crescimento, a minha evolução. E sei que o que hoje me parece mau, pode amanhã revelar-se bom. Por isso agradeço.

"Só por hoje trabalho honestamente" - Só por hoje vou ser, acima de tudo, honesta comigo mesma, e depois com os outros. Vou viver de acordo com a minha verdade, respeitando-me e respeitando os outros. Não vou guardar mágoas ou ressentimentos, vou expô-las a quem de direito, mas com a mesma compaixão que desejaria para mim.

"Só por hoje sou gentil com todos os seres vivos" - Só por hoje vou ser humilde e bondosa com todas as formas de vida, respeitá-las e amá-las como a mim mesma, pois todos somos um; nenhuma vida tem mais valor que outra.



Estes 5 princípios são uma "Oração" que todos os reikianos devem fazer de manhã e à noite. Devemos interiorizá-la, e dizê-la em voz alta para que a vibração das palavras fique impressa nas nossas células.

Não vos vou mentir e dizer que consigo seguir à risca os 5 princípios, a todos os momentos da minha vida... Somos seres em evolução, não somos seres perfeitos... O que vos posso garantir, é que além das duas vezes diárias, dou por mim muitas vezes ao longo do dia a socorrer-me de algum destes princípios, em situações corriqueiras, para manter a minha tranquilidade...
No trânsito, evoco muitas vezes "Só por hoje não me irrito". E penso só naquele momento. Só naquele momento eu não me vou irritar com o transito ou aquele condutor.
Quando as contas fogem ao esperado e começo a pensar "será que chego ao fim do mês?...", paro a cassete, penso ou digo "Só por hoje não me preocupo... só por hoje não me preocupo..." - E o facto é que chego sempre ao fim do mês...
Tenho muito trabalho a fazer comigo mesma e a minha verdade... Tenho tendência a anular-me para agradar os outros, e a calar a minha voz para evitar conflitos... Estou bem melhor... É um trabalho em progresso. E sempre que me sinto a resvalar... "Só por hoje faço o meu trabalho honestamente"...
"Só por hoje sou gentil com todos os seres vivos" confesso que não uso tantas vezes, apenas porque já é natural em mim; não representa para mim qualquer esforço respeitar a Vida. Talvez tenha de começar a dizê-lo quando desespero com uma melga, em vez de pedir perdão já depois de ter cometido a minha humana imperfeição de aniquilar um bichinho só porque me incomoda...
Agradeço tudo. Sempre. Ou tento fazê-lo sempre. Agradeço o sol, a chuva, a oportunidade de ajudar um amigo, a "sorte" de um lugar de estacionamento, as inúmeras pessoas e situações que aparecem no meu caminho para eu treinar a minha (im)paciência...

E para vos ser sincera, só por hoje sou uma mulher feliz.

Agradeço à minha querida Mestre de Reiki Isabel Gonçalves por todos os ensinamentos, e agradeço a uma certa Carochinha que me impulsionou a escrever este texto.

Namastê



Nação do Lamento


Lamento - s.m. Acção de lamentar.
Expressão de pesar, de mágoa em face do infortúnio.
Pranto, queixa, gemido; lamentação.



O Lamento é inerente à condição humana.
Nesta meia dúzia de palmos de terra à beira-mar plantados, elevámo-lo a ícone Nacional, e como bons patriotas que somos, não falta quem seja orgulhosamente porta-estandarte. Acarinhamos profundamente o Lamento, e regra geral, todo o mal da humanidade acontece-nos a nós, e é causado pelos outros.
Até há um tempo atrás, isso ainda nos exigia alguma criatividade e jogo de cintura.
Tínhamos de conseguir toda uma panóplia de bons lamentos, sustentáveis, com um tempo de vida considerável, e ainda congeminar listagens de sujeitos, que podendo ser reais ou não, requeriam o perfil de vilão, para que as culpas atribuídas fossem inquestionáveis. Dava trabalho meus amigos. Além de todos já termos passado na vida por momentos em que descobrir um bom Lamento se torna uma verdadeira caça ao tesouro, também nem sempre é fácil tirar da cartola patifes a quem as culpas assentem de forma credível. Era um malabarismo que, para alguns membros desta família de 10 milhões, mais dedicados à arte do Lamento, quase se poderia equiparar a um emprego full-time.
A crise, em certa medida, tem sido uma bênção. Serve para tudo! Enquanto nos fornece um interminável e faustoso repasto de queixumes à descrição, é simultaneamente ela própria a grande e derradeira culpada de tudo. É o perfeito bicho papão de costas largas, um poço sem fundo, receptáculo infinito de angústias e desesperos.
Adoptámos pois, carinhosa e entusiasticamente, a crise como o novo bode expiatório para tudo o que sucede! No nosso mundo, no nosso país, no nosso (des)emprego, na nossa família, na nossa (falta de) saúde, na nossa casa, na nossa dispensa, na nossa cama, na nossa mente. É ela a verdadeira e única responsável por todos os nossos insucessos, sejam eles escolares ou profissionais, industriais, empresariais, pessoais, emocionais, sexuais e ais e ais e ais. Serve para tudo, digo-vos eu!...
E tem sido um ano riquíssimo de Lamentos. Estamos de barriga cheia.
A minha questão é… Quando nos explodirá a barriga???
É tempo de abandonarmos a esgotada lamentação que  nada produz, nada constrói, nada edifica, nada motiva, nada resolve… nada, mas rigorosamente nada nos traz de positivo, e abraçarmos uma postura que se adeqúe mais a este país de sol e céu azul, planícies de girassóis e vales de cortar a respiração, costas e encostas paradisíacas, iguarias inspiradas pelos deuses, descobridores e aventureiros, brilhantes cientistas e talentosíssimos artistas.
Deixemos o Fado aos fadistas...

21/10/2012

Homo-Divindade



Até quando iremos nós continuar a desresponsabilizar-nos?
Até quando insistiremos em implorar a um Deus distante e todo-poderoso pela sua intervenção Divina, e em atribuir-lhe a si méritos e culpas por tudo o que é, por tudo o que falta, por tudo o que acontece, por tudo o que nos rejubila ou magoa?...
Quando iremos nós consciencializar-nos de que todos somos UM, todos viemos da mesma fonte, da mesma origem?! Chamem-lhe Deus, Alá, Pai, Criador do Universo, Fonte Divina, Alpha e Omega, Energia Suprema… O que quiserem! Todos viemos de lá, e todos regressamos. Sempre. E todos! Não “todos os que forem bonzinhos e não pecarem”, nem “só aqueles que se sacrificarem”... Todos. E se todos somos UM, então nesta dimensão dualista em que tomamos a forma humana, todos somos bons e maus, Luz e Sombra, Negativo e Positivo.
Percam a ilusão de que somos meramente um ser biológico, um amontoado de ossos e órgãos com um tempo de vida limitado, e que as nossas acções interferem, quanto muito, com a nossa própria vida física, e apenas neste plano.  
Responsabilizem-se por tudo o que fazem, tudo o que pensam… Porque pensamento gera vibração, e vibração conduz a acção. E toda a acção cria uma reacção; toda a causa gera um efeito. Tudo tem repercussões, que se estendem muito além desta existência física, deste ciclo de aprendizagem.
Capacitem-se de que somos uma gigantesca consciência colectiva! Somos, cada um por si, partículas divinas da Luz, e todos juntos, somos nós os co-criadores todos-poderosos. É nossa a responsabilidade de tudo o que existe, de tudo o que acontece! Minha, tua, deles, NOSSA.
"Por Cristo, com Cristo e em Cristo"- Deus connosco, na Unidade do Espírito Santo. A sensação com que fico, perdoem-me generalizar, é que as pessoas se limitam a debitar mecanicamente uma ladainha, sem parar para pensar no que estão a dizer… DEUS CONNOSCO. Não é Deus lá, a pôr e dispor como lhe apetece, e nós aqui… pobrezinhos, à Sua mercê, isentos de culpa…
Parem de sacudir delitos e de desvalorizar méritos! Parem de suplicar intervenção divina, e percebam que somos nós, cada um de nós, quem tem de começar a “intervir divinamente” nas nossas vidas. A cada dia. E um dia de cada vez. Porque o ontem já foi, e o amanhã ainda não chegou. Contam as nossas acções de hoje! Agora! Neste instante!
Consciencializem-se que tudo é escolha.
Faz a tua, porque ninguém a fará por ti.

17/10/2012